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Nos últimos anos, tem sido observada uma redução de bancos estrangeiros entre as principais instituições financeiras do Brasil, apesar da expansão dos bancos digitais. Dados divulgados pelo Banco Central revelam que, em dezembro, apenas quatro dos 20 maiores bancos do país em termos de volume de ativos eram de origem estrangeira.
Essa cifra representa uma queda em relação a sete instituições em 2012, apontando para desafios enfrentados por esses bancos no mercado brasileiro.
A crescente concorrência dos Ñeobancos e fintechs no segmento varejista tem sido um obstáculo significativo para os bancos estrangeiros, levando muitos deles a considerar a saída do país.
O HSBC, por exemplo, optou por vender suas operações para o Bradesco em 2016, buscando uma estratégia de reestruturação em meio a esse ambiente competitivo.
Santander e Citi Bank têm abordagem próprias para encarar o problema
Atualmente, entre os maiores bancos estrangeiros em ativos no Brasil, destacam-se o espanhol Santander e o norte-americano Citi, cada um adotando uma abordagem diferente para enfrentar os desafios do mercado local.
Enquanto o Santander se estabeleceu como um importante player no varejo após aquisições estratégicas, como o Banespa e o Real, o Citi optou por focar no segmento atacadista, vendendo sua operação varejista para o Itaú em 2017.
Essas decisões estratégicas têm gerado resultados positivos para as instituições envolvidas.
O Citi, por exemplo, registrou um notável crescimento no Brasil, triplicando seu tamanho entre 2018 e 2022, demonstrando, assim, que sua abordagem voltada para o segmento atacadista tem sido bem-sucedida.
Outros nichos
Bancos estrangeiros como Bank of America, UBS, Goldman Sachs e Morgan Stanley se especializam em investimentos e gestão de fortunas.
Alguns estabelecem parcerias com bancos locais, como UBS que fez parceria com o Banco do Brasil.
Deutsche Bank e Credit Agricole reduzem suas operações, enquanto fintechs enfrentam desafios no varejo e adaptam suas políticas.
Fintechs estrangeiras, como o N26, tiveram que revisar suas estratégias no Brasil, assim como as próprias fintechs nacionais, que estão impondo critérios mais rigorosos para empréstimos.
Com informações do Estadão