,

Rotativo do cartão de crédito: o que é e como funciona? Vai ACABAR? Tudo que precisa saber

14/08/2023

0
FavoritarFavoritar artigo0

Rotativo do cartão de crédito: o que é e como funciona? Vai ACABAR? O que Banco Central e Governo dizem nesta semana.

Publicidade

O que é rotativo do cartão de crédito? Como funciona? – Uma fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chamou a atenção dos consumidores brasileiros na última quinta-feira (10), ao citar a possibilidade de extinguir o rotativo do cartão de crédito.

Como a possibilidade ganhou destaque nas redes sociais, muitos dos consumidores, então, passaram a buscar informações mais detalhadas sobre o que é, como funciona e se vai mesmo acabar.

Aqui no Guia do Ex-Negativado, você tem acesso a todas as informações sobre o mercado financeiro de forma simples e precisa. Confira abaixo!

Afinal, o que é rotativo do cartão de crédito?

O rotativo do cartão de crédito é um recurso oferecido pelas instituições financeiras que permite pagar menos do que o valor total da fatura em um determinado mês.

Sendo assim, o rotativo é uma linha de crédito pré-aprovada associada ao seu cartão de crédito para cobrir o saldo não pago.

No entanto, essa opção de envolve uma taxa de juros alta, sendo a forma mais cara de “empréstimo do país”.

Em 2023, o crédito rotativo chega a 440% de juros ao ano em casos de inadimplência por esse período.

Em geral, as operações com o uso do rotativo do cartão de crédito levam juros de 15% ao mês sobre o valor do débito na fatura.

Ou seja, podendo causar facilmente o efeito bola de neve nas dívidas de qualquer consumidor.

Como funciona o rotativo do cartão de crédito?

Essa função é acionada quando o consumidor paga apenas o valor mínimo ou um valor parcial da fatura, e o restante do saldo não pago é automaticamente transferido para o chamado “crédito rotativo“.

O mesmo ocorre quando a fatura simplesmente não é paga, correndo juros sobre juros, podendo facilmente dobrar o valor do débito em caso de inadimplência por alguns meses.

O rotativo do cartão de crédito vai acabar? O que o Banco Central pretende fazer?

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sinalizou com a possibilidade de extinguir o rotativo do cartão de crédito para colocar no lugar uma taxa com juros menos agressivos.

“A solução está se encaminhando para que não tenha mais rotativo, que o crédito vá direto para o parcelamento. Que seja uma taxa ao redor de 9% (ao mês). Você extingue o rotativo. Quem não paga o cartão, vai direto para o parcelamento ao redor de 9% (ao mês)”.

O que diz o Governo Federal sobre o rotativo do cartão de crédito?

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem pressionado por uma solução rápida para o que ele define como o “maior problema de juros do país”.

Enquanto isso, o Banco Central mantém um olhar atento sobre a situação, monitorando cada desenvolvimento.

A situação é grave: consumidores frequentemente recorrem ao rotativo ao quitar somente uma fração de suas faturas, resultando em um crédito emergencial que cresceu substancialmente nos últimos anos.

Algumas instituições chegam a aplicar taxas quase inacreditáveis, alcançando quase 1.000%. Isso tem contribuído para uma alarmante taxa de inadimplência, que atingiu o recorde de 53% no mês de maio.

Em abril, Haddad já havia afirmado que:

“As pessoas não conseguem sair do rotativo. É preciso encontrar um caminho negociado como fizemos com a redução do consignado dos aposentados”.

Discussões já chegam ao Congresso: deputado federal pressiona

Como resposta a essa situação crítica, o deputado federal Alencar Santana (PT-SP) propõe que o setor se autorregule em um prazo máximo de 90 dias, caso contrário, as taxas do rotativo seriam limitadas ao nível equivalente às do cheque especial, que totalizam 151,8% ao ano.

As instituições financeiras, por sua vez, têm manifestado resistência à ideia de tabelamento e buscam uma “transição suave” para eventuais mudanças.

Uma das propostas em análise é a limitação do período de permanência no rotativo, atualmente em 30 dias, com a oferta subsequente de crédito refinanciado.

Outra sugestão é restringir as compras parceladas sem juros, enquanto os bancos advogam por uma diminuição das taxas impostas aos estabelecimentos comerciais.

Paralelamente, também há discussões sobre a possibilidade de ajustar as taxas de intercâmbio, que são cobradas das emissoras de cartão pelos lojistas.

Uma sugestão em pauta é a implementação de taxas mais elevadas para financiamentos de longo prazo, mas essa ideia enfrenta resistência por parte de alguns setores.

O verdadeiro desafio é encontrar soluções que sejam verdadeiramente eficazes para um setor de extrema importância para a economia, ao mesmo tempo, em que se busca equilibrar os interesses das partes envolvidas.

Uma solução ainda não está oficializada, mas a mudança no cenário é considerada como provável no mais tardar para 2024.

Leia mais:

Avatar de Victor Freitas

Jornalista com especialização em “técnicas de SEO”, pela Universidade Rock Content; também com cursos concluídos na área de economia e finanças na FGV, como os seguintes: “Como fazer Investimentos 1 e 2”, “Como gastar conscientemente” e “Como organizar o orçamento familiar”. Sou redator e editor em portais com temáticas de finanças, cidadania, economia, política, cultura e esportes. Contato profissional: [email protected]

Comente abaixo o que você achou do artigo!

Notícias Rápidas

Auxílio maternidade para desempregada Como sacar benefício do INSS Documentos necessários para assinar carteira de trabalho Quem recebe Bolsa Família pode fazer empréstimo na Caixa Econômica Conta poupança pode ter pix? Como ganhar livros físicos de graça? Como fazer Cadastro Único? Golpe Boleto! Motivos Demissão Justa Causa Qual banco digital não cobra taxa de saque? Posso usar o Caixa Tem como conta pessoal? Plataforma de jogos para ganhar dinheiro Como funciona o desconto do INSS? Cupom da Vez é Golpe? Carência Pensão Por Morte Aposentado pode fazer concurso? Caminho Digital Gov: Fique Atualizado! Banco pode descontar dívida de conta corrente? Atestado telemedicina é válido? Moradia por assinatura dá menos dor de cabeça