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Carina Maggi Martins, filha do renomado empresário André Antônio Maggi, fundador da Amaggi (uma das maiores empresas de soja do mundo) e conhecido popularmente como o “rei da soja”, entrou com um processo alegando discrepâncias na divisão patrimonial das empresas da família Maggi.
Entenda o caso
Carina afirma ter sido enganada e suspeita que sua herança foi subestimada quando ocorreu a partilha dos bens após o falecimento de seu pai, ocorrido em 2001. O caso tem gerado controvérsias e tensionado as relações entre os membros da família.
Em 2001, Carina recebeu uma quantia de R$ 1,9 milhão, o mesmo valor destinado aos seus cinco irmãos.
No entanto, atualmente, ela acredita que esse acordo tenha sido apenas uma manobra para ocultar a verdadeira fortuna familiar.
Os advogados de Carina argumentam que a divisão deveria ter sido em torno de R$ 2 bilhões, com sua parte correspondendo a aproximadamente R$ 83 milhões.
Eles sustentam que determinados bens, como carros e uma participação em empresas, foram excluídos da partilha.
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Defesa dos irmãos
Em resposta, a defesa dos irmãos e da viúva de André Maggi argumenta que o acordo assinado em 2002 não pode ser reexaminado, uma vez que Carina aceitou os termos naquela ocasião.
Eles alegam que ela perdeu o prazo para contestar o acordo e que a sentença já transitada em julgado não pode ser revisada.
No entanto, a juíza responsável pelo caso rejeitou as pretensões de Carina e decidiu pela extinção do processo.
Segundo a magistrada, a filha de André Maggi estava buscando rediscutir uma sentença que já havia transitado em julgado, o que poderia promover uma “devassa” na vida empresarial e patrimonial da família.
Carina, fruto de um relacionamento não oficializado de seu pai, afirma que sua existência sempre foi conhecida pelos demais membros da família.
Determinada a obter uma confirmação dos valores corretos do patrimônio e forçar uma nova divisão de bens, ela pretende recorrer da decisão e prosseguir com suas alegações perante as instâncias superiores da Justiça.