Lula está insatisfeito com altas taxas de juros no crédito consignado e promete buscar redução

Em uma entrevista online realizada na última terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua insatisfação em relação às altas taxas de juros praticadas no crédito consignado.

Durante o encontro virtual, Lula ressaltou sua intenção de abordar essa questão com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, bem como com os presidentes das instituições bancárias, buscando medidas para a redução dos encargos financeiros associados a essa forma de empréstimo.

Redução dos encargos

Lula demonstrou preocupação com os impactos negativos que as taxas excessivas de juros podem ter na vida dos brasileiros, principalmente para os aposentados e pensionistas, que são os principais usuários do crédito consignado. 

Segundo o presidente, é necessário criar alternativas para aliviar o peso das parcelas mensais e permitir que as pessoas tenham acesso ao crédito de forma mais justa e equilibrada.

Lula destacou a injustiça que ocorre quando as pessoas mais pobres, que oferecem como garantia o desconto direto em seus salários, são obrigadas a pagar juros mais altos do que os empresários. 

Atualmente, a taxa de juros do crédito consignado é de 1,97% ao mês, o que resulta em um acréscimo de quase 30% ao ano. Em contrapartida, os grandes empresários têm acesso a empréstimos a taxas de apenas 10%.

Taxas médias 

Durante a entrevista, o presidente também mencionou as taxas médias de 24,5% ao ano para servidores públicos e 25,5% ao ano para aposentados.

Ele ressaltou a necessidade de se estabelecer uma equidade no sistema, garantindo que as taxas de juros sejam justas e acessíveis a todos os cidadãos.

Veja ainda:

Além de abordar o tema do crédito consignado, Lula aproveitou a ocasião para voltar a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a quem atribuiu a responsabilidade pelas taxas aplicadas ao plano de financiamento voltado para o agronegócio. 

O presidente confirmou que o Plano Safra 2023/2024 contará com um valor de R$ 364,22 bilhões, porém, ressaltou a necessidade de estabelecer juros médios de 10% ao ano, buscando incentivar e viabilizar o crescimento do setor.

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