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Na última segunda-feira, 27 de março, foi apresentado o pedido de recuperação judicial pela Itaipava, mais precisamente do Grupo Petrópolis, dono da marca cervejeira. Segundo a petição apresentada à Justiça, as dívidas do grupo superam os R$ 4 bilhões.
O pedido não foi o único do tipo neste mês. Em 1° de março também houve uma nova apresentação de pedido de recuperação judicial da Oi, conglomerado das telecomunicações.
Mas o que exatamente é uma recuperação judicial? Para que ela serve? Acompanhe o Guia do Ex-Negativado e entenda quando esta é uma solução para empresas e porque ela é mais interessante do que a abertura de falência.
O que é recuperação judicial, medida requerida pela Itaipava e Oi?
A recuperação judicial é uma medida que visa impedir que uma empresa feche em razão de dívidas. Portanto, ela envolve um cenário de endividamento, geralmente relacionado à má administração.
Essa medida, então, procura colocar a empresa e suas finanças nos eixos. Assim, seu principal objetivo é que ela continue ativa e, consequentemente, gere empregos direta e indiretamente e auxilie na movimentação da economia.
Caso um pedido de recuperação judicial como o da Itaipava e da Oi seja aceito, o juiz suspende a cobrança de dívidas por 180 dias. Ao fazê-lo, também suspende eventuais retenções de valores na contas bancárias das empresas.
Além disso, também há a indicação de um administrador judicial. Ele é o responsável por acompanhar a empresa em recuperação a fim de traçar um plano para que ela possa negociar as dívidas, quitá-las e manter-se ativa.
O processo tem, ao todo, duração de 2 anos. Durante ele, a empresa é obrigada a seguir o plano de recuperação judicial. Caso não o faça, as dívidas voltam à cobrança e os credores podem solicitar a abertura da falência para garanti-las.
Por que a recuperação judicial é melhor do que a falência?
Na falência, diferentemente da recuperação judicial requerida pela Itaipava e pela Oi, as operações da empresa são encerradas. Ou seja, ela fecha e seus bens vão à leilão para garantir suas dívidas.
Portanto, a falência encerra as atividades da empresa e, como consequência, gera desempregos diretos e indiretos. Por outro lado, a recuperação busca manter a empresa na ativa.
Recuperação judicial da Itaipava
O pedido de recuperação do grupo Petrópolis, dono de marcas como as cervejas Petra, Lokal, Itaipava, Crystal e Black Princess, bem como do energético TNT e do refrigerante It! foi apresentada na última segunda-feira, 27 de março.
De acordo com o pedido apresentado, as dívidas da empresa ultrapassam R$ 4 bilhões. Elas seriam fruto, principalmente, da redução da receita do conglomerado.
Segundo o grupo Petrópolis, em 2022 houve uma queda de 23% das vendas das bebidas de sua marca em comparação a 2020. Isso levou a empresa a enfrentar, nos últimos 18 anos, uma crise de liquidez.
Na terça, 28, o pedido de recuperação judicial da Itaipava recebeu uma tutela cautelar de urgência da Justiça do Rio de Janeiro, que determinou a liberação de recursos do grupo em algumas instituições bancárias. Ao todo, o valor liberado somava R$ 383 milhões.
Recuperação judicial da Oi também foi requerida neste mês de março
No dia 1° de março a Oi, empresa de telecomunicações, também entrou com um pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro. Este, contudo, não foi o primeiro processo deste tipo da corporação.
A primeira recuperação judicial da empresa foi responsável por reduzir suas dívidas em 30%. Apesar disso, as dívidas restantes ainda ultrapassam os R$ 30 bilhões.
O novo pedido de recuperação judicial da Oi já foi aceito pelo juiz responsável pela ação. Assim, a empresa deverá apresentar, junto ao administrador nomeado judicialmente, um novo plano para lidar com suas dívidas e operações até maio deste ano.
Para ficar de olho nos próximos passos dos processos de recuperação judicial da Itaipava e da empresa de telecomunicações, acompanhe o App do Guia. Nele você também encontra dicas, notícias e informações fresquinhas sobre oportunidades financeiras, direitos e benefícios.