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Por que as farmácias pedem CPF e outras informações pessoais? A coleta de dados pessoais tornou-se uma prática comum para muitas empresas, incluindo farmácias. No entanto, a facilidade de entrada nos cadastros contrasta drasticamente com a dificuldade de sair; levantando, assim, preocupações significativas sobre a privacidade dos clientes.
As farmácias vêm coletando dados pessoais de seus clientes, muitas vezes associados a programas de desconto, sem fornecer uma clara compreensão de como essas informações serão utilizadas.
O consentimento do consumidor nesse processo é frequentemente vago e verbal.
Por que as farmácias pedem CPF e outras informações pessoais? Prática viola a legislação?
A Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) afirma estar atenta a essa prática que afeta diretamente o cotidiano dos consumidores: a coleta excessiva de dados pessoais por parte de estabelecimentos como as farmácias.
Essa questão tem levantado preocupações, uma vez que a coleta desenfreada de informações pessoais pode ameaçar a privacidade dos clientes.
Para aqueles que desejam se desvincular desses cadastros, a missão se mostra uma verdadeira jornada.
É como tentar encontrar a saída de um labirinto virtual, com obstáculos que incluem navegar por uma série de etapas complicadas ou até mesmo enviar um e-mail para solicitar a exclusão.
É uma tarefa árdua que pode deixar qualquer um frustrado.
Mas por que esses dados são tão valiosos para as empresas? A resposta está no fato de que essas informações permitem que as empresas entendam melhor o seu público-alvo.
Isso, por sua vez, possibilita a criação de parcerias comerciais lucrativas.
É como se fosse uma estratégia conhecida como “dark pattern” (padrão sombrio), que utiliza truques e artifícios para dificultar a tomada de ações desfavoráveis, como sair desses cadastros.
Falta de conhecimento dificulta o processo
O problema maior é que a maioria das pessoas não tem uma compreensão clara de como seus dados são usados, o que abre portas para a venda de perfis detalhados a outras plataformas de publicidade.
Por exemplo, uma farmácia poderia vender os dados de um cliente com condições cardíacas a uma seguradora, potencialmente resultando em aumentos nas mensalidades.
A falta de conscientização sobre a proteção de dados persiste, com pesquisas, como por exemplo a realizada pela KPMG, indicando que 85% dos brasileiros estão dispostos a compartilhar seus dados em troca de descontos.
O Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), muitas vezes o ponto de partida para essa coleta, alimenta enormes bancos de dados que podem ser usados para várias finalidades.
Diante desse cenário, torna-se fundamental que os consumidores estejam cientes dessa prática e, por sua vez, exijam maior transparência por parte das empresas.
Proteger dados pessoais e sua privacidade deve ser uma prioridade, pois dados são valiosos e merecem ser tratados com o máximo cuidado.
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