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Revisão da vida toda do INSS – O Supremo Tribunal Federal (STF) está enfrentando um dilema em relação à revisão da vida toda para aposentadorias.
Tudo começou quando o ministro Alexandre de Moraes suspendeu o julgamento de um recurso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no último dia 1° de dezembro.
Essa revisão, em resumo, permite que aposentados levem em conta todas as contribuições feitas ao longo de suas vidas ao calcular seus benefícios previdenciários.
O problema principal que está gerando discordância entre os ministros é a definição de um momento específico, para aplicar essa revisão.
Em outras palavras, eles estão em desacordo sobre quando exatamente os aposentados podem começar a considerar todas as suas contribuições para o cálculo dos benefícios.
Contextualizando a Revisão da Vida Toda do INSS
A questão central em debate diz respeito à inclusão de contribuições realizadas antes de 1994 no cálculo das aposentadorias.
Aliás, antes da decisão do STF em dezembro do ano anterior, apenas as contribuições posteriores a julho de 1994 eram consideradas para calcular os benefícios previdenciários, excluindo os valores anteriores ao advento do Plano Real.
Entendendo os argumentos e posicionamentos dos Ministros
Antes do adiamento do julgamento, a situação estava em aberto quanto à decisão predominante.
Os ministros Fachin, Rosa Weber (que proferiu seu voto antes de sua aposentadoria) e Cármen Lúcia optaram por estabelecer o dia 17 de dezembro de 2019 como ponto de referência para o recálculo. Essa data marca o momento em que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu o direito de revisão a um segurado do INSS.
Já os ministros Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso defenderam a anulação da decisão do STJ.
Alexandre de Moraes, que suspendeu temporariamente o julgamento, propôs o dia 1° de dezembro de 2022 como marco temporal, considerando a data em que o Supremo Tribunal Federal decidiu sobre a questão.
Impactos e beneficiados pela revisão
A revisão da vida toda tende a beneficiar especialmente aposentados que contribuíram com valores mais elevados antes de 1994.
Esse é o caso de profissionais com salários mais altos à época, como bancários, empresários e contribuintes individuais.
Esses segurados, por sua vez, viram suas contribuições anteriores a julho de 1994 desconsideradas no cálculo do benefício, o que resultou em redução no valor das aposentadorias.
No entanto, a aplicação da revisão pode não impactar todos os beneficiários do INSS de forma igual. Afinal, aqueles que contribuíram com valores menores antes de 1994 podem não ter um aumento significativo em seus benefícios.
Implicações da suspensão do julgamento e incertezas futuras
A interrupção do julgamento gera incertezas quanto aos desdobramentos dessa revisão para os aposentados e para o próprio INSS.
Neste caso, a definição do marco temporal é fundamental para estabelecer os efeitos retroativos e para quem eles se aplicarão.
Além disso, o passivo resultante da revisão da vida toda preocupa o INSS, levando a instituição a recorrer por meio da Advocacia-Geral da União (AGU) para reduzir o período de alcance da revisão.
O futuro da revisão da vida toda
O desfecho do julgamento no STF sobre a revisão da vida toda do INSS permanece pendente, aguardando a definição do marco temporal.
Assim, enquanto os ministros buscam um consenso sobre o tema, a discussão segue em aberto, e a expectativa em relação aos desdobramentos dessa revisão continua a afetar a vida de milhares de brasileiros que dependem da previdência social.
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