Brasileiros com deficiência enfrentam desafios para entrar no mercado de trabalho

Com base na recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em colaboração com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), um panorama desafiador é revelado para os brasileiros com deficiência.

Resultados do estudo

O estudo evidencia que somente 25,6% das pessoas com deficiência conseguiram concluir o ensino médio, enquanto esse índice é de 57,3% para aqueles sem deficiência.

No nível superior, os números são ainda mais discrepantes, com 7% das pessoas com deficiência atingindo essa etapa de ensino, em comparação com 20,9% dos indivíduos sem deficiência.

Além disso, chama a atenção o fato de que 19,5% das pessoas com deficiência são analfabetas, enquanto na população em geral esse índice é de 4,1%.

Problemas com as oportunidades de trabalho

As oportunidades de emprego também se mostram desiguais para pessoas com deficiência.

Enquanto 54,7% das pessoas com deficiência que possuem diploma de nível superior estão empregadas, o índice chega a 84,2% para aqueles sem deficiência.

Muitos indivíduos com deficiência encontram trabalho no setor informal, sendo que aproximadamente 55% deles atuam nessa condição, em comparação com 38,7% das pessoas sem deficiência.

Além disso, a pesquisa destaca que a renda média do trabalho para pessoas com deficiência é 30,8% menor em comparação àqueles sem deficiência, totalizando R$ 1.860 contra R$ 2.690.

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Vale ressaltar que, para as mulheres com deficiência, a média salarial é ainda mais baixa, alcançando o valor de R$ 1.553.

O estudo reforça a importância de se buscar informações específicas sobre grupos como pessoas com deficiência em situação de rua ou institucionalizadas, visando preencher lacunas no conhecimento.

No total, o IBGE registrou 18,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no país, sendo a maioria desses indivíduos com 60 anos ou mais.

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