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Confiança em si mesmo – Uma pesquisa recente, divulgada pela revista científica “Thinking and Reasoning” e noticiada na Forbes, trouxe à tona um paradoxo surpreendente que desafia nosso senso comum e a confiança que temos em nossa capacidade de discernir entre a verdade e a mentira.
Segundo o estudo conduzido por Shane Littrell, pesquisador da Universidade de Miami, quanto mais confiantes nos sentimos em nossa capacidade de distinguir entre o que é verdadeiro e o que é falso, maior é a probabilidade de sermos enganados.
Littrell, que liderou o estudo, explicou que seu objetivo era entender por que pessoas sensatas acabam acreditando em coisas que parecem absurdas, mais vezes do que gostariam de admitir.
Os resultados da pesquisa mostraram que, de forma paradoxal, a confiança excessiva em nossa habilidade de discernimento pode nos tornar mais vulneráveis a sermos enganados.
Essa descoberta desafia nossa percepção de autoconfiança e a capacidade de tomar decisões informadas.
Ela nos faz refletir sobre a importância de questionar nossas próprias certezas e estar abertos a diferentes perspectivas.
Confiança excessiva em si mesmo pode te destruir
A pesquisa lança luz sobre a fragilidade da confiança excessiva e mostra como a autoconfiança pode ser um terreno fértil para a manipulação.
Pessoas que estão excessivamente confiantes em sua capacidade de detectar coisas bobas (achando que são melhores do que a maioria) possuem um “ponto cego para bobagens”, como chamado na pesquisa.
Por outro lado, aqueles que subestimam sua habilidade de identificar coisas bobas mostram “cegueira para bobagens”, o que significa que estão realmente em uma posição melhor para discernir informações enganosas.
Essas descobertas mostram que nossa confiança pode nos enganar.
Quando nos consideramos imunes a sermos enganados, podemos ficar cegos para a desinformação que está ao nosso redor.
Por outro lado, quando somos mais cautelosos e admitimos que podemos ser enganados, estamos mais atentos e podemos identificar com mais precisão o que é verdadeiro e o que é falso.
Como não dar espaço para a confiança excessiva em seu ambiente de trabalho
O pesquisador deu o seu conselho para evitar cair na armadilha do achar que sabe sem realmente saber.
“Pratique humildade intelectual (ou seja, aceite o fato de que você pode estar errado) e adquira o hábito de frear mentalmente quando encontrar novas informações (…)”, afirmou.
Isso posto, seguem mais algumas dicas para evitar que a autoconfiança excessiva atrapalhe no trabalho:
- Mantenha a mente aberta e considere diferentes perspectivas;
- Busque feedback (maneira de obter uma avaliação externa que nos ajuda a identificar nossos pontos fortes, áreas de melhoria e aprimorar nosso desempenho) de colegas e superiores;
- Reconheça suas limitações e esteja disposto a aprender com os outros;
- Atualize-se constantemente e esteja aberto a novos conhecimentos;
- Cultive a humildade e valorize a colaboração;
- Faça uma autoreflexão regular para identificar áreas de melhoria;
- Desenvolva uma mentalidade de crescimento e veja os desafios como oportunidades de aprendizado.
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Lembrando, é claro, que a confiança em si mesmo é importante, mas é necessário equilibrá-la com a consciência de que somos humanos e podemos cometer erros.
A busca pelo aprendizado contínuo e a autocorreção são essenciais para um bom desempenho e crescimento profissional.