Quem é Arthur Lira? As polêmicas ao redor do deputado acusado de empregar familiares

Quem é Arthur Lira? – Nome conhecido e altamente popular em qualquer noticiário sobre política na atualidade, Arthur Lira (PP-AL) coleciona uma porção de polêmicas em sua volta. O Guia do Ex-Negativado mostra detalhes sobre o político, como carreira e suspeitas contra ele.

Quem é Arthur Lira? Saiba o que ele faz no Congresso Nacional

Arthur Lira atualmente ocupa o cargo de Presidente da Câmara dos Deputados e, por isso, tem seu nome em todos os noticiários.

Ele nasceu em Maceió (AL) e fez toda sua, é filiado ao Partido Progressista (PP) e possui uma longa trajetória na política brasileira.

Antes de se tornar Presidente da Câmara dos Deputados, Lira foi eleito Deputado Federal por Alagoas em diversas legislaturas, desde as eleições de 2002. Ele também ocupou o cargo de líder do PP na Câmara dos Deputados.

Com mais de 20 anos atuando no Congresso, Arthur Lira é conhecido por sua atuação especialmente nas articulações e negociações envolvendo a aprovação de projetos de lei e pautas de interesse do governo federal, sendo um dos nomes mais fortes do chamado “Centrão”, ao longo dos últimos governos.

Como Presidente da Câmara dos Deputados, ele atualmente exerce papel na condução dos trabalhos legislativos e no estabelecimento da agenda política do país, como por exemplo um aumento no Auxílio-moradia dos próprios deputados federais (leia abaixo).

Além disso, ele é responsável por assumir a cadeira da Presidência da República caso Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), respectivamente presidente e vice, se ausentem do país.

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Polêmica envolvendo familiares empregados por Arthur Lira

A polêmica mais recente envolvendo o nome do deputado federal diz a respeito da estatal Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), na qual existem pelo menos dez familiares e aliados de Lira empregados.

Chamada de “estatal do Lira”, a CBTU paga R$ 128 mil em salários somente ao grupo de pessoas próximas ao deputado.

O maior salário da companhia é de José Marques de Lima, indicado por Lira em 2016 para o cargo de diretor-presidente, com salário de R$ 25,7 mil.

Por se tratar de uma estatal com atuação em várias partes do país, em Maceió há quatro familiares de Arthur Lira empregados, como por exemplo uma enteada, Ana Clara Lins Rocha, e três primos do deputado, Kyvia Talline Rocha de Melo Lira, Valmir de Lira Paes e Orleanes de Lira Paes Angelo.

Outro primo de Lira, Wilson César de Lira Santos, também foi indicado à superintendência alagoana do INCRA em Alagoas.

Nomes diretamente ligados ao deputado federal também já foram nomeados a cargos na Condevasf.

O salário mais baixado recebido por eles é de R$ 9,2 mil.

Já a superintendência do órgão, em Alagoas, tem a chefia de Carlos Jorge Ferreira Cavalcante.

Ele é irmão de Luciano Cavalcante, ex-assessor de Lira e que é investigado por supostas fraudes na aquisição de kits robótica em Alagoas.

Suspeita de ‘rachadinha’

Em reportagem publicada pelo Jornal Nacional, em 3 de dezembro de 2020, o líder do centrão foi colocado como suspeito de participação em desvio de dinheiro na Assembleia Legislativa de Alagoas, de 2001 a 2007.

Rachadinha é um esquema de apropriação de parte dos salários dos servidores.

A denúncia indica que Lira movimentou R$ 9,5 milhões a mais em sua conta durante o período, segundo a TV Globo, na época.

Denunciado pela PGR ao STF por suposta corrupção passiva

Recentemente, Arthur Lira foi réu no STF após uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ter indicado que ele teria praticado crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter aceito propina paga por um dirigente da CBTU em 2012.

O valor do “apoio” seria de R$ 106 mil para ajudar o dirigente a seguir no cargo.

Ministros do Supremo, entretanto, rejeitaram a denúncia.

Investigado por possíveis fraudes em licitações

Além disso, a Polícia Federal comanda uma investigação na qual Lira é suspeito de ter participado de fraudes em licitações que geraram prejuízo de R$ 8,1 milhões aos cofres públicos.

O deputado garante não ter relação com o caso.

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