Vender café na rua sem preço fixo: estratégia rende um salário e meio mensal

Vender café na rua – Imagine parar seu carro em um semáforo na Pampulha, em Belo Horizonte (MG), e ter a oportunidade de tomar um café quentinho, com o valor determinado por você.

Esta é a aposta de André Abrantes, que se posiciona estrategicamente no cruzamento da rua Alcobaça e avenida Antônio Carlos, para oferecer uma “experiência cafeinada” única aos motoristas.

Operando com uma “mateira” modificada – acessório amplamente utilizado na região sul do Brasil, para acomodar o chimarrão -, André mantém o café aquecido.

Ele se aproveita dos curtos intervalos em que os veículos estão parados para, assim, vender o seu produto.

Vender café na rua com preço à escolha do cliente

Segundo informação do Jornal O Tempo, o café é oriundo do Sul de Minas, e a grande sacada do negócio é que o preço fica inteiramente a cargo do cliente.

As contribuições variam amplamente, de valores simbólicos a quantias surpreendentes, chegando até R$ 100.

Mas não pense que a falta de preço fixo afeta negativamente a lucratividade do empreendimento.

Pelo contrário, André, que tem 37 anos, desfruta de uma renda que ultrapassa seu ganho principal.

Ele consegue amealhar cerca de um salário mínimo e meio extra mensalmente, tudo graças à venda de aproximadamente cinco litros de café todos os dias.

Com uma jornada que começa nas primeiras horas do dia, André, que é também funcionário em um colégio, transformou essa atividade paralela em um sucesso comercial desde seu início em abril deste ano.

Ele já cogita ampliar os horizontes, vislumbrando a possibilidade de inaugurar uma cafeteria sob a marca “Dedé Gourmet”. O vendedor já tem até página no Instagram.

Divulgação ganhou “empurrão extra”

A divulgação do negócio ganhou um “empurrão extra:, quando Maria Vitória Abreu, estudante da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), fez um vídeo elogioso sobre o serviço e o compartilhou em plataformas digitais.

O resultado? Agora André afirma que seu café acaba mais rápido e que sua iniciativa, por sua vez, já começa a inspirar outros empreendedores a adotar métodos semelhantes.

Na interseção entre a audácia e a generosidade, o negócio de André redefine as regras tradicionais do comércio e nos faz questionar: quanto realmente vale uma xícara de café?

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