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Como fica a estabilidade da gestante pós-parto? É possível ser demitida? Entenda

23/08/2023

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A estabilidade da gestante pós-parto impede sua dispensa sem justa causa por um período. Saiba como funciona e tire suas dúvidas.

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A estabilidade da gestante pós-parto é um direito das trabalhadoras brasileiras. Com isso, há garantia da manutenção de emprego por um certo período.

Essa é uma previsão constitucional que visa proteger tanto a mãe quanto o recém-nascido. Mas por quanto tempo fica vedada a dispensa? É possível ser demitida ao retornar da licença?

As respostas para estas perguntas, bem como outras informações relevantes sobre o tema, você encontra aqui no Guia do Ex-Negativado. Continue a leitura e confira!

O que é estabilidade da gestante pós-parto?

A estabilidade nada mais é do que o impedimento de que haja a dispensa sem justa causa de um trabalhador.

Ela se aplica em diversas situações, inclusive mediante a gestação. Durante sua durabilidade o contrato somente pode ser rescindido por pedido de demissão ou por dispensa por justa causa.

Como funciona a estabilidade da gestante?

De acordo com a Constituição Federal, a gestante tem estabilidade desde o início da gestação até 5 meses após o parto.

Portanto, durante todo esse período ela há proteção do vínculo de emprego, que não permite rescisão por dispensa sem justa causa.

Posso ser demitida ao voltar da licença maternidade?

Somente após o término da estabilidade da gestante pós-parto no emprego. Em alguns casos, o retorno ocorre antes dele; em outros, depois.

Isso acontece porque de modo geral a licença maternidade é de 4 meses após o parto. Todavia, quando o empregador tem filiação no Empresa Cidadã, o afastamento é de 6 meses.

Desse modo, na licença maternidade tradicional o retorno ao trabalho ocorre 1 mês antes do final do período estável. Por outro lado, na da Empresa Cidadã, dá-se após o fim da estabilidade.

O que acontece em caso de dispensa da gestante na estabilidade pós-parto?

Neste caso, a trabalhadora tem o direito à reintegração ao emprego, sem prejuízo dos salários.

Uma alternativa bastante comum é o pagamento dos valores que ela receberia no período restante da estabilidade, mas sem o seu efetivo retorno ao cargo.

Estabilidade decorre de questão biológica e se aplica mesmo no desconhecimento sobre a gestação

É importante ressaltar que o entendimento da jurisprudência é de que a estabilidade decorre do fator biológico.

Isto é, basta a gestação existir para que a gestante tenha estabilidade. Isso independe, então, do seu conhecimento sobre o fato ou da ciência do empregador sobre ele.

Desse modo, caso haja a dispensa da trabalhadora e ela venha a descobrir a gestação durante o aviso prévio, pode requerer a reintegração ou a indenização do período.

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Avatar de Ana Follmann

Assim como Caetano Veloso, sou uma otimista por determinação. Formada em Direito pela UFPR, especializada em Direito do Trabalho e produtora de conteúdo desde 2018 em nichos diversos e que aguçam minha curiosidade. Também tenho Contato profissional que é: [email protected]

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