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Depositei o dinheiro e fui enganado por criminosos, o que fazer? Infelizmente essa é uma realidade de muitas pessoas.
O número de crimes financeiros digitais cresceu muito nos últimos anos. Isso se deve a inúmeros motivos.
Dentre eles estão o aumento do uso de ferramentas digitais e da migração das relações bancárias para o espaço digital.
Igualmente, o surgimento de novos meios de pagamento e de transações. O Pix, bem como o PicPay, são exemplos disso.
Desse modo, as fraudes e os modelos de golpe também se diversificaram. Por isso, é importante saber o que fazer ao ser vítima deles.
Depositei o dinheiro e fui enganado, o que posso fazer?
Ser vítima de um golpe financeiro é uma situação complicada e que pode gerar muito estresse.
Por isso, é essencial sempre se certificar de quem é o destinatário de uma transferência. Igualmente, ficar atento a ofertas e anúncios em valores muito abaixo aos do mercado.
Pesquisar antes de fazer transações – sejam compras ou contratações – também pode evitar uma série de problemas ao permitir o reconhecimento de um possível golpe.
Contudo, muitas vezes a vítima somente percebe que se trata de uma fraude quando ela já está em curso. Neste caso, não adianta chorar pelo leite derramado; é necessário agir.
Informe o golpe aos bancos
Ao perceber que você fez um depósito e foi enganado por criminosos, a primeira coisa a se fazer é entrar em contato com os bancos envolvidos na transação.
Isto é, informe ao banco no qual você tem conta e da qual transferiu o dinheiro sobre o ocorrido. Do mesmo modo, busque a instituição para a qual ocorreu a transferência e relate a situação.
Desta forma, as instituições podem agir de modo a bloquear contas ou transações.
Da mesma maneira, passam a ter ciência sobre as fraudes para reforçar seus sistemas de segurança.
Acione o Mecanismo Especial de Devolução (MED)
Após informar os bancos que você depositou um valor e foi enganado, acione o MED. O Mecanismo Especial de Devolução é uma ferramenta criada pelo Banco Central.
Ela tem como objetivo justamente o registro de fraudes e de tratativas com os bancos para reaver os valores.
É possível acessar o MED dentro da área Pix do seu banco. Além disso, tanto cliente quanto instituição bancária podem registrar a ocorrência neste espaço.
Registre um boletim de ocorrência
Outro ponto importante é registrar um boletim de ocorrência, junto a uma delegacia de polícia.
Isso gera a formalização da denúncia do ocorrido.
Essa denúncia é importante tanto para o pedido de ressarcimento dos valores pelo banco, quanto para que as autoridades tenham ciência dos golpes e possam investigá-los e evitá-los.
Acione a Justiça
Após acionar o MED, o banco tem até 7 dias para dar uma resposta ao cliente, de acordo com as regras do Bacen.
Em caso de resposta negativa quanto à devolução de valores, saiba que você pode acionar a Justiça para requerer o ressarcimento do que perdeu no golpe.
Neste caso, é importante contar com documentos que demonstrem que você depositou o dinheiro por ser enganado. Isto é, que foi vítima de um estelionato.
Dentre os documentos que auxiliam nisso estão o boletim de ocorrência, comprovantes de depósito, capturas de tela que demonstrem como o criminoso agiu, etc.
Depositei o dinheiro e fui enganado, posso reavê-lo?
Sim, pode, mas isso sempre dependerá do número de provas que você reunir. Afinal, o ressarcimento depende da comprovação da situação de estelionato, em que a vítima é enganada.
Ainda que alguns bancos aceitem as denúncias prontamente, isso não é a regra.
Geralmente, reaver o dinheiro é uma tarefa demorada e que exigirá paciência.
Conheça os principais golpes que envolvem depósito de dinheiro
Embora seja possível reaver valores perdidos em golpes financeiros, o melhor é não arriscar, pois ao evitá-los você também se livra de muitas dores de cabeça.
Por isso, conhecer os principais tipos de golpes é importante para não se tornar uma vítima que depositou o dinheiro ao ser enganada.
Um dos golpes mais comuns corresponde aos anúncios falsos de produtos. Neles, os criminosos invadem contas de redes sociais de terceiros e se fazem passar pelo usuário.
Ao fazê-lo, oferecem produtos de alta qualidade em preços abaixo do mercado. Geralmente a oferta acompanha relatos sobre um amigo ou conhecido que está de mudança e precisa se livrar dos itens.
Outro golpe recorrente é o de simulação de empréstimo. Nele, os criminosos se passam por instituições financeiras. Então, requerem o depósito de dinheiro para a liberação do crédito.
Por fim, também há o golpe do envelope vazio, em que os criminosos depositam um envelope vazio em favor de alguém (geralmente vendedor), mas cujo comprovante indica a existência de valores.
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