A Lojas Renner cometeu erros estratégicos no primeiro trimestre deste ano, o que resultou em perda de competitividade e de participação de mercado. Esses erros se referem a preços e à coleção de transição entre as quatro estações do ano. Como resultado, a empresa precisou rever suas ações para retomar o crescimento, o que deve levar a uma melhoria na segunda metade do ano.
Entenda o cenário
Um dos problemas da empresa foi o excesso de estoque no começo do ano, o que a obrigou a reduzi-lo.
Além disso, a Renner cancelou a coleção de transição e optou por antecipar a coleção de inverno, que entra com preços mais elevados. Essa estratégia já havia sido utilizada no ano anterior, com sucesso, mas não teve o mesmo resultado em 2023.
Outro erro foi o aumento de preços que “feriu o consumidor”, o que reduziu as vendas após março.
Em janeiro e fevereiro, as vendas foram melhores do que em março e abril. A percepção de que os preços estavam elevados no mercado já era uma preocupação desde o começo do ano.
Empresa reconhece falhas
A empresa admite que os erros foram próprios e que a revisão de toda a estratégia de coleção e preços já foi feita.
Além disso, a Renner vive uma deflação de matéria-prima, que ajuda na redução dos custos.
As vendas subiram 2,2% de janeiro a março, incluindo a Camicado e outras marcas. Ao descontar a Camicado, a alta foi de 3,5%.
Medidas tomadas
A varejista está cortando custos, fechando lojas da Camicado e demitindo funcionários para ajustar a empresa à realidade atual.
O objetivo é igualar os custos administrativos e de vendas do braço digital ao da operação física nos próximos três anos, o que deve melhorar a rentabilidade da empresa.
A Renner espera que a melhoria na sua estratégia de preços e coleção leve a um segundo semestre melhor e a um aumento no volume de vendas, que será responsável por liderar a alta da receita.
Embora o momento esteja difícil, a empresa está confiante de que suas ações vão levar a uma retomada do crescimento.