Motoristas de Uber e 99 realizaram uma paralisação em várias cidades do Brasil na última segunda-feira (15), em busca de melhorias nas condições de trabalho. Em São Paulo, ela teve adesão significativa, com aproximadamente 65% dos motoristas de aplicativos participando do movimento, segundo dados da Associação dos Motoristas de Aplicativos (AMA-SP).
Principais reivindicações
As reivindicações dos motoristas concentram-se em três pontos principais.
Primeiramente, eles buscam o aumento do valor mínimo das corridas, argumentando que os valores atuais não são suficientes para cobrir os custos operacionais e garantir um rendimento justo.
Além disso, os motoristas pleiteiam um aumento no acréscimo por quilômetro rodado, reconhecendo a importância desse fator para a remuneração adequada de seu trabalho.
Outra demanda central dos motoristas de aplicativos é a redução da tarifa cobrada pelos aplicativos a cada viagem.
Eles argumentam que as altas taxas cobradas pelas empresas representam uma parcela significativa de seus ganhos e que uma diminuição dessas tarifas seria fundamental para melhorar sua lucratividade.
Eduardo Lima de Souza, também conhecido como Duda, presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo (AMASP), expôs uma série de reivindicações que buscam melhorias para os motoristas de aplicativo.
Essas demandas abrangem uma ampla gama de questões, desde reajustes e repasses mais justos nas tarifas até preocupações com segurança, questionamentos sobre banimentos injustos e solicitações por melhores condições de trabalho.
Embora todas essas pautas sejam relevantes, é possível que as mudanças nas tarifas tenham o maior impacto direto sobre o consumidor final, dependendo das decisões tomadas pelas plataformas.
Outros impactos ao consumidor
A greve, que teve início nas primeiras horas do dia, causou transtornos aos consumidores, que enfrentaram esperas longas, cancelamentos de corridas e tarifas elevadas.
A situação se agravou ao ponto em que a tarifa dinâmica atingiu seu limite máximo, fixado em R$30, deixando muitos passageiros insatisfeitos com os altos preços.
A AMOBITEC reiterou seu compromisso em valorizar e respeitar as manifestações dos motoristas, demonstrando uma postura aberta ao diálogo.
Por outro lado, a 99, afirmou que adota soluções para aumentar ganhos tais como Taxa Garantida (19,99%), Adicional Variável de Combustível e programas como kit gás, entre outros.
Com informações do Uol
