Após as recentes mudanças nas diretrizes do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, a Caixa Econômica Federal testemunhou um notável aumento na procura por imóveis em seu simulador habitacional.
As novas regras entraram em vigor no dia 7 de julho. E, de acordo com estatísticas, o simulador do banco público registrou uma demanda expressiva, somando um total de 8,8 milhões de acessos no mês passado.
Esse número representa um impressionante aumento de 109,7% em comparação ao período anterior. Podendo ser reflexo, portanto, do impacto positivo das medidas implementadas.
Na sequência do texto falamos um pouco mais sobre isso, bem como sobre o público mais interessado e a faixa de preço dos imóveis mais procurados.
Presidente da Caixa: “Demanda reprimida”
A presidente da Caixa, Maria Rita Serrano, entende que o notável aumento no interesse registrado está diretamente ligado a uma questão de “demanda reprimida”, que tem se acumulado ao longo do tempo.
De acordo com suas observações, essa demanda represada tem origem relacionada, especificamente, à interrupção anterior das contratações na faixa 1 do programa.
Essa suspensão teria ajudado a formar um contingente de pessoas aguardando oportunidades no campo habitacional, e esse fenômeno agora é observado como justificativa para a crescente procura.
Principais mudanças
As modificações no programa incluem critérios atualizados, como uma taxa mínima de financiamento de 4% ao ano para aqueles que integram o grupo de cotistas das regiões Norte e Nordeste, com renda de até R$ 2 mil.
Além disso, observou-se um incremento nos subsídios destinados às famílias com renda máxima de R$ 4,4 mil, agora alcançando um valor substancial de até R$ 55 mil.
Os dados estatísticos também lançam luz sobre os grupos demográficos que estão liderando essa busca por informações.
Interesse do mais jovens e faixa de preço dos imóveis mais buscados
Notavelmente, cerca de 47,43% das consultas originam-se de indivíduos com idades entre 25 e 35 anos, indicando um interesse particularmente forte entre os mais jovens.
O panorama dos imóveis mais buscados também é interessante, a partir do exame das simulações realizadas.
Lançando luz, portanto, sobre as preferências dos potenciais compradores, é possível perceber que aproximadamente 40,3% dos interessados estão mirando propriedades com preços na faixa de R$ 150 mil a R$ 200 mil.
Maria Rita Serrano frisou que as novas condições do programa estão desempenhando um papel crucial ao tornar o crédito imobiliário mais acessível, especialmente para a geração mais jovem.
Ela enfatizou que a ampliação dos limites de renda e a redução das taxas de juros estão efetivamente concretizando o sonho da casa própria para um número cada vez maior de brasileiros.
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