Dados vazados pela Serasa: quem pode receber até R$ 30 mil de indenização

26/12/2023

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O dados vazado pelo Serasa, em 2021, afetou em torno de 223 milhões de brasileiros, vivos e falecidos. Esse incidente expôs vulnerabilidades.

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Em 2021, os dados vazados pela Serasa afetaram cerca de 223 milhões de brasileiros, vivos e falecidos, revelando sérias fragilidades na segurança digital e na proteção da privacidade.

Isso levantou questões éticas e legais, sobre como as empresas lidam com informações sensíveis dos cidadãos.

Diante desse problema, o Ministério Público Federal (MPF), em parceria com o Instituto Sigilo, está agindo para garantir os direitos dos usuários afetados. Eles estão buscando compensação pelos danos individuais e coletivos causados pelo vazamento.

No Guia do Ex-Negativado de hoje, vamos explicar essa ação, que busca justiça, proteção dos direitos à privacidade e responsabilização das empresas por violações graves.

Dados vazados Serasa: o que de fato aconteceu e os movimentos para buscar reparação

A Serasa viu-se envolvida na divulgação indevida e ilegal de informações sensíveis dos brasileiros.

Portanto, dados como nomes completos, CPFs, endereços, históricos de geolocalização, dados da Receita Federal e até mesmo informações relacionadas a cartões de crédito foram expostas, desencadeando sérias preocupações sobre segurança e privacidade.

A amplitude e a natureza delicada das informações vazadas destacam a urgência na implementação de medidas eficazes, para proteger os dados pessoais dos brasileiros. 

R$ 30 mil para cada pessoa que teve dados vazados

O Ministério Público Federal (MPF), em colaboração com o Instituto Sigilo, desempenha um papel proeminente na resposta a essa situação crítica.

Juntos, eles iniciaram uma Ação Civil Pública, uma medida legal robusta que visa não apenas compensar cada pessoa afetada com o valor de R$30 mil, mas também impor uma multa significativa à Serasa.

Essa penalidade pode atingir até 10% do faturamento anual da empresa, com o montante não sendo inferior a R$200 milhões.

Essa ação não é apenas um passo jurídico; ela destaca a necessidade de responsabilização das corporações por negligências na proteção de informações pessoais.

Vai além de uma simples reparação financeira, transmitindo a mensagem de que a falha na salvaguarda de dados sensíveis tem consequências sérias.

Essa abordagem ressalta a importância de as empresas assumirem plena responsabilidade pela segurança das informações que possuem, contribuindo, portanto, para um ambiente digital mais confiável e ético.

Justiça Federal de São Paulo lida com a situação

Essa questão está sendo tratada na Justiça Federal de São Paulo, que é basicamente o tribunal responsável por lidar com essa situação complicada.

Atualmente, o processo está acontecendo lá, e o objetivo é entender exatamente o tamanho do vazamento e os problemas que afetaram as pessoas cujas informações foram expostas.

Na prática, estão sendo tomadas medidas para responsabilizar a Serasa, calcular os danos individuais e coletivos resultantes do vazamento e, o mais importante, garantir que algo seja feito para corrigir esses problemas.

A Justiça Federal desempenha um papel vital nesse processo, fornecendo um espaço para examinar detalhadamente a busca por justiça e a defesa dos direitos das pessoas à privacidade. 

Quando isso pode ser resolvido? Qual a fase do processo?

O processo está em uma fase importante de coleta de evidências para quantificar os prejuízos individuais e coletivos. Assim, a definição dos valores indenizatórios e das penalidades ao Serasa dependerá do desenrolar desse procedimento.

Além da reparação financeira, essa ação enfatiza a violação dos direitos à privacidade e à proteção de dados, essenciais para todos os cidadãos.

O vazamento não só expôs informações confidenciais, mas também alimentou um ambiente propício a fraudes e violações ainda mais graves.

Por isso, o MPF exige não apenas a indenização individual dos afetados, mas também medidas técnicas que minimizem ou anulem os danos.

Neste caso, a Serasa é pressionada a adotar melhorias imediatas na segurança da informação, cessando compartilhamentos comerciais de dados e desativando ferramentas que permitiram tal vazamento.

Como saber se tenho direito

Para verificar se tem direito à indenização decorrente aos dados vazados Serasa, a pessoa pode seguir algumas etapas:

  • Acompanhamento da Ação Civil Pública: Acompanhar o desenrolar da Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Instituto Sigilo pode fornecer informações sobre os critérios e procedimentos para receber a indenização.
  • Consulta ao Processo: A consulta ao processo pode ser feita no site da Justiça Federal de São Paulo, utilizando o número do processo (0736634-81.2020.8.07.0001). Além disso, lá, é possível obter informações sobre o andamento do caso e possíveis desdobramentos.
  • Cadastro no Instituto Sigilo: Caso a pessoa queira se manter informada sobre a ação e possíveis desdobramentos, pode ser útil cadastrar-se no Instituto Sigilo. Neste caso, o instituto pode enviar atualizações sobre o processo e detalhes sobre como os afetados podem reivindicar a indenização, caso seja concedida. Para isso acesse o site do Instituto Sigilo aqui.
  • Acompanhamento de Notícias e Comunicados Oficiais: Portanto, ficar atento a comunicados oficiais do MPF, do Instituto Sigilo ou de órgãos responsáveis pela condução do caso pode ser uma forma de estar atualizado sobre o andamento da ação e os passos necessários para receber a indenização.
  • Assessoria Jurídica: Em alguns casos, é recomendável buscar orientação jurídica para entender melhor os direitos individuais diante do vazamento de dados. Neste caso, um advogado especializado pode oferecer orientações específicas e detalhadas sobre o processo e os direitos do indivíduo afetado.

Vale destacar que o final dessa história pode demorar um pouco. Quem vai receber compensação e como isso vai acontecer vai depender das decisões dos juízes e das regras que serão estabelecidas ao longo do processo.

Ou seja, ainda precisamos aguardar as decisões judiciais para entender como tudo isso vai se desenrolar.

Ação sem custos

A ação liderada pelo MPF e pelo Instituto Sigilo NÃO requer custos aos afetados. Aliás, busca-se garantir reparação para os danos materiais e morais sofridos, sem qualquer ônus para os indivíduos afetados.

Por isso, é essencial estar alerta para evitar cair em golpes que envolvam solicitações de pagamento relacionadas a este tema.

O movimento representa não apenas uma busca por justiça financeira, mas também por correções estruturais e pela garantia de que incidentes semelhantes não ocorram no futuro.

Afinal, a segurança dos dados pessoais é um direito fundamental que deve ser respeitado e protegido por todas as empresas, sob pena de severas sanções legais.

Dados vazados Serasa

Como visto, o vazamento de dados pela Serasa não apenas expôs fragilidades na proteção de informações pessoais, mas também acendeu um alerta crítico sobre a segurança digital e os direitos individuais à privacidade.

Assim, o que vai acontecer com essa ação do MPF e do Instituto Sigilo não é só sobre conseguir compensações financeiras.

O objetivo vai além: é buscar mudanças nos padrões de segurança e nas regras que as empresas precisam seguir para garantir a proteção dos dados.

Além disso, é um chamado para a implementação de medidas efetivas que assegurem a proteção dos dados pessoais de todos os cidadãos brasileiros.

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Avatar de Ana Follmann

Assim como Caetano Veloso, sou uma otimista por determinação. Formada em Direito pela UFPR, especializada em Direito do Trabalho e produtora de conteúdo desde 2018 em nichos diversos e que aguçam minha curiosidade. Também tenho Contato profissional que é: [email protected]

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